Sou GLE e Partilho! – Instituto Superior Técnico
Com a divulgação do portfólio de casos de sucesso de eficiência energética na Administração Pública, a ADENE, enquanto dinamizadora do Programa ECO.AP, em articulação com a Direção-geral de Energia e Geologia (DGEG), disponibiliza informação sobre projetos de eficiência energética implementados nas instalações das entidades públicas: Consulte aqui.
Os casos de sucesso incluem um conjunto de indicadores económicos e ambientais que podem ser uma importante fonte de informação e servir de inspiração para o Gestor Local de Energia (GLE) na obtenção de luz verde para o seu próprio projeto.
Para reforçar a partilha de experiências na comunidade de Gestores Locais de Energia e a importância do papel que desempenham nas respetivas entidades, foi criada a nova rubrica mensal “Sou GLE e Partilho!”. Nesta rubrica de divulgação de casos de sucesso, o GLE é desafiado a dar o seu testemunho, respondendo a quatro questões sobre a sua experiência.
O entrevistado nesta primeira edição da rubrica foi Mário de Matos, GLE do Instituto Superior Técnico, que com a sua equipa muito tem contribuído para o sucesso do projeto “Técnico – Campus Sustentável”, que permitiu a redução anual de custos de 660 000 €, associada à poupança energética de 4 800 MWh e a redução de 2 200 toneladas de CO2.
ADENE: Qual a principal mais valia da implementação do projeto de eficiência energética no seu edifício/entidade?
Mário de Matos (MM): Para a organização a principal mais valia é a redução dos encargos com a fatura energética, associada a uma melhoria da eficiência geral nas operações das infraestruturas..
ADENE: Se voltasse atrás, voltaria a defender a implementação do projeto?
MM: Sem dúvida!
ADENE: Da experiência de implementação do projeto, mudaria algum aspeto? Qual?
MM: Se possível, dentro dos condicionalismos financeiros existentes, mesmo assim, seria sempre de outorgar uma maior prioridade aos projetos de melhoria da eficiência energética no contexto de todas as outras atividades da organização. Assim, a fase inicial do projeto devia correr numa janela temporal mais reduzida, por forma a serem retirados benefícios mais cedo e, com isso, obter resultados mais expressivos no médio prazo. Quanto mais cedo se integrarem as novas prescrições, mais cedo se começa a poupar e maiores serão os resultados da poupança, tornando progressivamente mais eficientes todas as operações realizadas. Com uma fração das poupanças podiam ser libertados fundos para medidas de investimento em sistemas e equipamentos mais eficientes.
ADENE: Qual o maior desafio com que se debateu na implementação do projeto e como o ultrapassou?
MM: Sem dúvida a aceitação, e o crer, por parte da organização, de que um projeto de melhoria da eficiência energética pode trazer benefícios para todos. Com os resultados obtidos, todos os dias continuamos a procurar ultrapassar os desafios constantes…